Vários estudos científicos nos tem comprovado os benefícios da meditação. Não só ela nos ajuda a atingir um maior equilíbrio emocional e espiritual, como também se pensa que possa trazer alterações na estrutura do nosso cérebro e nas nossas células.
Contudo, para alguns iniciantes, pode ser difícil conseguir a concentração necessária para uma sessão de meditação tradicional. A dificuldade em lidar com o completo silêncio, ou pensamentos distratores são dos maiores inimigos de quem quer começar a meditar.
Para o ajudar a começar hoje a sua jornada pelos caminhos da meditação, apresento-lhe uma alternativa à meditação tradicional, que vai adorar!
A meditação ativa.
As técnicas de meditação ativa não são nenhuma novidade: já o mestre Osho tinha explorado técnicas de meditação que juntavam movimentos corporais, com técnicas de respiração, dança e emissão de sons. Nestas técnicas, tem também o objetivo final de observar a mente em repouso, mas este estado acaba por ser uma consequência da prática, e não o seu ponto de partida.
Durante as suas descobertas, Osho criou dois tipos de meditação ativa: a meditação dinâmica e a meditação kundalini.
Meditação dinâmica
A meditação dinâmica consiste numa técnica vigorosa, que nos coloca em alerta. Ela é mais indicada para o período da manhã, e são também conhecidos os seus benefícios antidepressivos.
Ao longo da prática meditativa, existe uma sequência que envolve respirações aceleradas, expressão livre de emoções (com gritos, risos, xingamentos, etc.). Segue-se a entoação do mantra “hoo, hoo, hoo”, que irá ativar a força do nosso guerreiro interno e um momento de pausa, com os braços levantados no ar.
Esta meditação termina com uma dança celebrativa.
Meditação kundalini
“Kundalini” é uma palavra em sânscrito, que significa energia vital – e está ligada à nossa criatividade e conexão com a vida.
Esta técnica de meditação ativa consiste em abanões aliados à respiração solta e libertação de sons, terminando também ela numa dança espontanea. O objetivo é a energia que se espalha pelo corpo ir despertando os chackras. É excelente para libertar o stress e despertar as nossas emoções.
A prática desta meditação divide-se em 4 fases, de aproximadamente 15 minutos cada.
Na primeira fase estamos de pé, com os olhos fechados, pernas afastadas, joelhos ligeiramente fletidos e o maxilar relaxado. Nesta posição, devemos começar a abanar o corpo, como se uma vibração começasse no pé, e subisse pelo corpo fora. Ao mesmo tempo os braços, as pernas, o pescoço e a pélvis começam a soltar-se, com o movimento, e a respiração fluí naturalmente.
Na segunda fase, a vibração transforma-se numa dança livre, como se fosse uma celebração do momento presente. O corpo move-se livremente, e devemos seguir os movimentos sem pensarmos neles. Tudo isto ao som de uma música energética e festiva, que nos permite conectarmos à nossa energia interior.
Já na terceira fase, devemos sentar-nos em posição meditativa (no chão, no sofá ou numa cadeira). Aqui devemos entrar em contacto com o nosso silêncio, numa postura de observação sem julgamentos. Agradeça cada um dos seus pensamentos, e deixe-os partir, como se não lhe pertencessem. Aqui, uma música suave pode ajudar neste momento de reflexão e auscultação do Eu interior.
Na última fase, devemos deitar-nos, com os braços estendidos ao longo do corpo, de olhos fechados. Este momento não será acompanhado de música, uma vez que o objetivo é relaxar profundamente.
No final, devemos agradecer pelo momento e dar o nosso dia por terminado.
Experimente connosco!
Para quem está com dificuldades em iniciar, o ideal será mesmo experimentar uma Meditação Guiada, aqui no nosso Instituto Hoya, em Albufeira.