A relação com a mãe afeta o Bem Estar Emocional: Saiba como!

relação com a mãe

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a relação com a nossa mãe é das relações mais importantes que temos na nossa vida. Independentemente do papel que ela tem na nossa vida adulta, e se continuamos ou não a ser amigos dela, a forma como nos relacionamos com esta figura maternal impacta todos os aspetos da nossa vida.

Um estudo recente publicado na revista “Personality and Social Psychology Review” mostrou que a relação que tem com a sua mãe afeta a sua saúde emocional e o seu bem-estar até à idade adulta. Para o estudo, uma equipa de investigadores da Universidade de Amesterdão pediu a 477 participantes que completassem dois inquéritos: um que medisse a sua relação com a sua mãe, e outro que medisse o seu bem-estar emocional. Os resultados mostraram que as pessoas que tinham uma melhor relação com a sua mãe relatavam níveis mais elevados de bem-estar emocional.

Venha descobrir como avaliar a sua relação com a sua mãe, e como é que pode reparar essa relação, para aumentar o seu bem-estar emocional.

Os diferentes tipos de relações que uma pessoa pode ter com a sua mãe

Há quatro tipos de relações que uma pessoa pode ter com a sua mãe, com base no papel que esta assume, na relação. São elas: a melhor amiga, a cuidadora, a facilitadora, e a mártir.

Relação com a Mãe Melhor Amiga

A melhor relação é aquela em que tanto a mãe como o filho partilham um laço íntimo e se sentem à vontade para conversar, sem medo de julgamentos ou represálias.

Mas, não é bem isto que acontece quando a mãe tenta ser a melhor amiga dos seus filhos. Por um lado, neste tipo de relação, ambos podem falar abertamente um com o outro sobre tudo e mais alguma coisa, e gostam de passar tempo juntos. Contudo, uma melhor amiga mãe gosta de tratar os seus filhos como iguais, com o objetivo de evitar a responsabilidade de estabelecer limites. Esta mãe acredita que a sua vida estaria terminada se abraçasse a maternidade, evitando assim esse papel.

Em vez disso, tanto a criança como o pai assumem o papel de confidente emocional e parceiro, deixando a criança efetivamente sem mãe. Nesta situação, as necessidades emocionais da mãe são tão grandes, que ela tem de confiar na criança para as satisfazer.

Se tiver tido uma mãe com este perfil, pode sentir-se emocionalmente negligenciado e com medo da rejeição. Pode também sentir-se ressentido e amargo nas suas relações, tendendo a sentir-se pouco amado e subvalorizado.

Relação com a Mãe Cuidadora

A relação a mãe cuidadora é aquela em que a mãe está sempre presente para o seu filho, tanto emocional como fisicamente. Um cuidador é alguém que assume as responsabilidades dos outros na família e tenta protegê-los das consequências que possam ter que enfrentar. Um exemplo comum disto no mundo de hoje é a “mãe helicóptero” que quer proteger o seu filho de tudo e mais alguma coisa. Normalmente esta mãe tem boas intenções, mas na realidade causa mais danos, uma vez que impede a criança de enfrentar as consequências dos seus atos e aprender com os seus erros.

Por exemplo, quando existem tendências para vícios, na família, a mãe cuidadora pode transforma-se numa facilitadora. Isto porque ela vai arranjar desculpas para justificar o comportamento do filho, negar a existência de quaisquer problemas apesar do seu efeito óbvio na família, ou terá dificuldades em impor limites.

Relação com a Mãe Facilitadora

A relação de facilitadora é aquela em que a mãe ajuda o seu filho a evitar toda e qualquer responsabilidade, e facilita que este possa ter comportamentos prejudiciais. Esta relação acaba por se tornar prejudicial porque esta mãe pode acabar por manipular, espalhar mexericos, difamar e desvalorizar as outras pessoas, de modo a prender o filho nesta relação.

Em nome do amor, da confiança, ou numa tentativa de se fazer de vítima, esta mãe manipula os filhos de modo a ganhar controlo sobre eles. A compreensão disto ajuda-nos a evitar as consequências ou a estar preparados para lidar com elas.

Relação com a Mãe Mártir

A relação de mártir é aquela em que a mãe faz tudo para garantir que todos saibam o quanto está a sacrificar pela família. Este papel envolve muitas vezes a culpa ou comentários sarcásticos que deixam os membros da família com sentimentos como se devessem algo ao mártir. Se tiver uma mãe com perfil de mártir, poderá notar sentimentos vagos de culpa quando alguém o ajuda, que o fazem lembrar como se sentia em culpa para com a sua mãe.
Como é que a relação que tem com a sua mãe afeta o seu bem-estar emocional?

A relação que tem com a sua mãe pode ter um enorme impacto no seu bem-estar emocional. Os estudos não mentem, e tem demonstrado que a forma como as mães tratam os seus filhos tem um impacto a longo prazo na saúde mental da criança, e durante a sua vida adulta.

As crianças que se sentem rejeitadas pelas suas mães têm mais probabilidades de sofrer de problemas de saúde mental, tais como depressão e ansiedade. Estes problemas podem durar até à idade adulta, e podem ter um impacto negativo no trabalho e na vida pessoal da pessoa.

Os benefícios de ter uma relação saudável com a sua mãe

Há inúmeros benefícios em ter uma relação saudável com a sua mãe. Uma boa relação com a mãe pode ajudá-lo de muitas maneiras, incluindo:

  • Fazendo-o sentir-se amado e apoiado
  • Ajudá-lo a desenvolver um forte sentido de autoestima
  • Ensiná-lo a comunicar eficazmente e a construir relações saudáveis
  • Prover um modelo para um comportamento saudável
  • Encorajando-o a ser bem sucedido na vida.

As mães são frequentemente as primeiras pessoas a quem recorremos quando precisamos de conforto ou conselhos. Elas conhecem-nos melhor do que ninguém no mundo e podem oferecer-nos orientação quando mais precisamos dela.

As mães também devem ser os nossos maiores apoios. Estão sempre presentes para nós, não importa o que aconteça. Vão animar-nos, mesmo quando tropeçamos, e ajudar-nos a recuperar. E finalmente, uma boa relação com as nossas mães ajuda-nos a aprender a amar e a ser amados.

Dicas para curar a sua relação com a sua mãe

Não importa a sua idade, a sua relação com a sua mãe é sempre importante. Pode ser difícil reparar uma relação danificada, mas vale a pena. Aqui estão algumas dicas para o ajudar a começar a curar a relação:

  • Fale aberta e honestamente com a sua mãe. Partilhe os seus sentimentos e ouça os dela.
  • Não culpe a sua mãe por tudo o que correu mal na sua vida. Ela não é responsável por todos os seus problemas.
  • Faça um esforço para passar tempo com a sua mãe. Saia para almoçar, dê um passeio conjunto, ou simplesmente tenham uma conversa.

Agora que já conhece a importância de explorar a relação inicial coma sua mãe, está na hora de tomar uma ação. Se estiver interessado em aprofundar este tópico e libertar-se do peso que a relação com a sua mãe tem na sua vida, marque hoje a sua primeira visita ao Instituto Hoya.

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